QUESTÕES DE VESTIBULAR: HISTÓRIA - BRASIL - PRIMEIRO REINADO OU PRIMEIRO IMPÉRIO
Questão 1: (UNIRIO/RJ) OBSERVE OS TEXTOS ABAIXO
(...) É sabido que a independência desencadeou um momento lusófono e nativista de troca de nomes de batismo. Há casos conhecidos de “tupinização” de sobrenomes. Como o de um ramo da família pernambucana Galvão, que passou a chamar-se Carapeba. (...)
Havia na elite imperial um fascínio pelos astecas, os quais, aparecendo como a sociedade mais civilizada da América pré-colombiana, inspiravam a maneira mais civilizada de declarar-se pró-americano. O próprio regente D. Pedro, futuro D. Pedro I, toma o nome de Guatimazin, o último imperador asteca, ao aderir, em 1822, à loja maçônica Grande Oriente do Brasil (...)
(...) Os excessos da imagem indígena que se pretendia colar ao Império suscitou, anos mais tarde, uma reação, do historiador, médico, militante homeopata e polígrafo alagoano Mello Moraes, ascendente do poeta Vinícius de Moraes. (...)
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Vida Privada e Ordem Privada no Império, In: História da Vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
Para análise do trecho dentro de uma perspectiva política, deve-se ressaltar que:
A - demonstra conscientização política e necessidade de se afirmar como um estado independente que buscou através do índio a legitimação do poder da elite brasileira;
B - a busca pela valorização indígena e a perseguição ao elemento lusitano está presente na Assembléia Constituinte de 1823 e também na Constituição de 1824, pois tanto o projeto constitucional como a Constituição não concede qualquer direito político aos portugueses;
C - houve uma mobilização popular pela necessidade de se afirmar como brasileiro, pois o voto instituído pela Constituição de 1824 alijava os portugueses e beneficiava a participação dos brasileiros;
D - mostra, politicamente, a figura indígena ganhando importância e que a essa foi dado o direito à cidadania desde o projeto constitucional de 1823;
E - a elite brasileira, aliada a D. Pedro, promove o 7 de setembro, tem como interesse claro a retirada do elemento lusitano do poder administrativo e a valorização dos brasileiros pelo projeto constitucional de 1823.
Questão 2: (UNIRIO/RJ) OBSERVE OS TEXTOS ABAIXO
(...) É sabido que a independência desencadeou um momento lusófono e nativista de troca de nomes de batismo. Há casos conhecidos de “tupinização” de sobrenomes. Como o de um ramo da família pernambucana Galvão, que passou a chamar-se Carapeba. (...)
Havia na elite imperial um fascínio pelos astecas, os quais, aparecendo como a sociedade mais civilizada da América pré-colombiana, inspiravam a maneira mais civilizada de declarar-se pró-americano. O próprio regente D. Pedro, futuro D. Pedro I, toma o nome de Guatimazin, o último imperador asteca, ao aderir, em 1822, à loja maçônica Grande Oriente do Brasil (...)
(...) Os excessos da imagem indígena que se pretendia colar ao Império suscitou, anos mais tarde, uma reação, do historiador, médico, militante homeopata e polígrafo alagoano Mello Moraes, ascendente do poeta Vinícius de Moraes. (...) ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Vida Privada e Ordem Privada no Império, In: História da Vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
Analisando por uma perspectiva cultural, vimos que o texto:
A - demonstra como os brasileiros buscavam nos índios brasileiros e nos portugueses a sua marca identitária, mestiça, por “natureza”;
B - revela a busca por uma identidade brasileira que passou a utilizar o ameríndio como ascendente comum, peça importante para formação da Nação;
C - mostra como se passou a utilizar o índio como símbolo exclusivo de brasilidade, juntamente com o negro, e a refutar a figura do europeu, visto agora como usurpador;
D - relata que o brasileiro passou a valorizar em todos os aspectos a influência européia, sobretudo a idéia de nacionalismo;
E - marca a ausência de uma identidade e a apropriação de outros modelos identitários para o recém formado Estado Brasileiro.
Questão 3: (UCS/RS) Assinale a alternativa que apresenta de forma correta as diferenças e/ou semelhanças entre a Carta outorgada por D. Pedro I, em 1824, e a Constituição Republicana promulgada em 1891.
A - Ambas previam o voto censitário, ou seja, só teriam direito de voto aqueles que comprovassem uma determinada renda, o que valia também para o direito à candidatura.
B - A religião Católica Apostólica Romana, declarada oficial no Império, assim continuou na República, só que a partir deste período com base em artigo específico da Constituição de 1891.
C - A Carta de 1824 estabelecia quatro poderes, reduzidos a três na Constituição de 1891, com a supressão do Poder Moderador.
D - Ambas se basearam na constituição norte-americana, em especial, no princípio do federalismo, pelo qual as províncias teriam ampla autonomia política e administrativa.
E - Diferentemente da Carta de 1824, a Constituição de 1891 garantia o direito de voto a todo cidadão brasileiro, independentemente de sexo, raça, credo ou nível de escolarização.
Questão 4: (UFPR) Com a abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do primeiro reinado tomou corpo. Com relação a isso, considere os fatos abaixo:
I. A imigração européia para o Brasil ocorrida nesse período.
II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825-1828) contra as Províncias Argentinas, a qual consumiu recursos do Estado em formação, e cujo principal resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828.
III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das províncias do Brasil, que levou ao fechamento da Assembléia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824.
IV. A queda do gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de inúmeros portugueses, egressos de Portugal ainda ao tempo do governo de D. João VI.
Tiveram influência direta no desfecho do primeiro reinado os fatos apresentados em:
A - II, III e IV somente.
B - I, III e IV somente.
C - III e IV somente.
D - I, II e III somente.
E - I e II somente.
Questão 5: (UFPE) No governo de D. Pedro I, a situação do Brasil:
A - assistia a dificuldades diplomáticas, devido à não aceitação da Inglaterra, de considerar o Brasil como um país independente;
B - era de estabilidade política, em face do apoio da maior parte da população, e devido ao fato de o imperador ter decidido permanecer no Brasil;
C - era de prosperidade econômica, com o crescimento da lavoura cafeeira na região de São Paulo;
D - era alvo de constantes conflitos políticos provocados pelos adversários do imperador, na defesa de mais liberdade;
E - era de estabilidade, depois da Constituição de 1824, com a defesa das idéias liberais.
Questão 6: (UECE) No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicava em favor de seu filho e voltava para Portugal para assumir o trono e ser Pedro IV. Neste sentido, assinale a alternativa verdadeira em relação às razões que tornaram o Imperador “indesejável” para a condução do império brasileiro:
A - A crescente aproximação do Imperador com o Partido Brasileiro, formado pelos grandes proprietários de terra, o que acentuou o seu afastamento do Partido Português.
B - A aliança crescente do Imperador com o Partido Português e alguns excessos cometidos com base na autoridade concedida pelo Poder Moderador.
C - A obediência condicional do Imperador à Constituição de 1824, que o tornava cada vez mais autoritário, desagradando ao Partido Brasileiro e aos brasileiros de modo geral.
D - A crise política ocasionada pela instabilidade do governo imperial, pois, do ponto de vista econômico do Império ia muito bem: as exportações dos principais produtos brasileiros estavam em alta.
Questão 7: (UNIFOR/CE) Termos da abdicação de Dom Pedro I:
Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei muito voluntariamente abdicado na pessoa do meu mui amado e prezado filho o Sr. Pedro de Alcântara. Boa Vista – 7 de abril de 1831, décimo de Independência e do Império – D. Pedro I. Antonio Mendes Jr. Et al. Brasil-História, Texto e Consulta. Império. São Paulo: Brasiliense, 1977. p. 200 Os fatos que conduziram à abdicação foram:
A - repressão aos revolucionários da Confederação do Equador, incorporação da Guiana Francesa e outorga da Constituição;
B - favorecimento aos comerciantes brasileiros em detrimento dos portugueses, dívida externa elevada com a Guerra da Cisplatina e falência do Banco do Brasil;
C - repressão aos revolucionários da Confederação do Equador, perda da Província Cisplatina e falência do Banco do Brasil;
D - perda da província Cisplatina, dissolução da Assembléia Constituinte e punição exemplar aos pistoleiros que executaram o jornalista Líbero Badaró;
E - controle das finanças nacionais, respeito aos constituintes que elaboraram a primeira constituição e favorecimento aos comerciantes brasileiros.
Questão 8: (UFSC/SC) OBSERVE OS TEXTOS ABAIXO:
“Título III: Dos Poderes e Representações Nacionais.
Artigo 10.° – Os poderes políticos reconhecidos pela Constituição do Império são quatro: o poder legislativo, o poder moderador, o poder executivo e o poder judicial.
Artigo 98 – O poder moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador, como chefe supremo da Nação e seu primeiro representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais poderes políticos (...)”.
A Constituição outorgada por D. Pedro I em 1824 afastava as camadas populares da vida política ao condicionar a participação política à renda; além disso, apresentava a novidade do “Poder Moderador”.
Sobre essa constituição, é correto afirmar que:
1 - embora fosse grande a concentração de poderes nas mãos do Imperador, não houve contestação a essa centralização porque o que predominava, na época, eram os ideais absolutistas;
2 - o poder judiciário era exercido por Juízes de Direito e por um Supremo Tribunal de Justiça, cujos magistrados eram escolhidos pelo Imperador;
4 - o poder executivo era exercido pelo Imperador e por um ministério por ele escolhido e presidido;
8 - o poder moderador exercido, exclusivamente, pelo Imperador, era o mecanismo que lhe permitia intervir nos demais poderes impondo sua vontade e seus desejos absolutistas;
16 - o catolicismo, declarado religião oficial do Império, era regulado pelo regime do padroado régio, segundo o qual os padres eram pagos pelo Estado, o que os equiparava a funcionários públicos, colocando-os sob as determinações do Imperador;
32 - o poder legislativo era formado por um Senado vitalício e por uma Câmara de Deputados com mandato de três anos. Os Senadores eram escolhidos pelo Imperador, a partir de uma lista tríplice, apresentada pelas províncias.
SOMATÓRIA (_____)
Questão 9: Leia, com atenção, o fragmento abaixo:
“Constituição do Império do Brasil – Título V, Cap. 1 – Do Poder Moderador. Art. 98. O poder moderador é a chave de toda a organização política e é delegado privativamente ao imperador, como chefe supremo da nação, e seu primeiro representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos mais poderes políticos”. Com base na citação acima e em seus conhecimentos, assinale a opção correta:
A - O Império Brasileiro foi original ao adotar uma estrutura política com quatro poderes – executivo, legislativo, judiciário e moderador –, diferente da clássica divisão de Montesquieu em três poderes.
B - O poder moderador era também chamado de “poder neutro”, pois não poderia interferir nas decisões, ações e nomeações dos demais poderes.
C - O quarto poder era exercido pelo Imperador, pelos senadores e pelo ministério, que conjuntamente definiam as diretrizes políticas do Brasil – como os tratados de paz e a declaração de guerra.
D - O poder moderador, criado na Constituição de 1824, foi transformado, no início da República, em “poder executivo conservador”, exercido pelo presidente
E - O poder moderador instituía, no Brasil, o sistema parlamentar, pois o monarca, além de ser o chefe supremo da Nação, era também o seu primeiro ministro.
Questão 10: (UFC) Observando o mapa, percebe-se que as primeiras décadas do Brasil após a independência foram marcadas por uma série de movimentos sociais, em especial no Nordeste. Embora tenham ocorrido em espaços e períodos diferentes, é possível identificar elementos comuns entre eles, por serem todos:
A - movimentos que conseguiram a adesão da Igreja e dos latifundiários na luta contra o modelo regencial de governo;
B - rebeliões contra a adoção do sistema decimal de pesos e medidas e o recrutamento forçado por parte do governo imperial para as guerras do período;
C - movimentos liderados pelas oligarquias contra a independência e por uma maior autonomia para as províncias;
D - rebeliões que tinham propósitos separatistas e defendiam o modelo de governo republicano parlamentarista;
E - movimentos com participação popular contra a centralização de poderes pelo governo imperial.
Questão 11: (UNEMAT/MT) Entre 1700 e 1850, grandes transformações ocorreram na economia brasileira. Com base nesta afirmativa, julgue os itens:
A - O século XVIII foi o apogeu da cultura canaviera brasileira.
B - O século XIX foi marcado pela descoberta de várias jazidas aurífera (início do ciclo do ouro).
C - No final do período (1830-1850) o café tornara-se o principal produto de exportação do Brasil.
D - Entre 1700 e 1850 não tivemos nenhum produto de destaque, apenas surtos esporádicos de cacau, tabaco, algodão e mineração.
Questão 12: (UFPE) A idéias liberais ganharam o mundo da época, influenciando, inclusive, a libertação das colônias da América. No Brasil, a Constituição de 1824 consagrou algumas das idéias liberais, porém:
A - não libertou os escravos, apesar da grande pressão do povo e dos intelectuais do Rio de Janeiro.
B - terminou por validar práticas políticas reacionárias, apesar da pressão liberal de algumas forças políticas.
C - aceitou o voto censitário, limitando a cidadania e os direitos democráticos.
D - acabou com a figura política do senador vitalício, a pedido do imperador do Brasil.
E - não satisfez aos liberais mais radicais, não fazendo referência à famosa Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Questão 13: (UFRRJ/RJ) Leia os textos a seguir, reflita e responda.
Após a independência política do Brasil, em 1822, era necessário organizar o novo Estado, fazendo leis e regulamentando a administração por meio de uma Constituição. Para tanto, reuniu-se em maio de 1823, uma Assembléia Constituinte composta por 90 deputados pertencentes à aristocracia rural. (...) Na abertura dos trabalhos, o Imperador D. Pedro I revelou sua posição autoritária, comprometendo-se a defender a futura Constituição desde que ela fosse digna do Brasil e dele próprio. (VICENTINO, C; DORIGO, G. História Geral do Brasil. São Paulo: Scipione, 2001.) A Independência política do Brasil, em 1822, foi cercada de divergências, entre elas, o desagrado do Imperador com a possibilidade, prevista no projeto constitucional, de o seu poder vir a ser limitado, o que resultou no fechamento da Constituinte em novembro de 1823. Uma comissão, então, foi nomeada por D. Pedro I para elaborar um novo projeto constitucional, outorgado por este imperador, em 25 de março de 1824. Em relação à Constituição Imperial, de 1824, é correto afirmar que nela:
A - foi consagrada a extinção do tráfico de escravos, devido à pressão da sociedade liberal do Rio de Janeiro;
B - foi introduzido o sufrágio universal, somente para os homens maiores de 18 anos e alfabetizados, mantendo a exigência do voto secreto;
C - foi abolido o padroado, asssegurando ampla liberdade religiosa a todos os brasileiros natos, limitando os cultos religiosos aos seus templos;
D - o poder moderador era atribuição exclusiva do Imperador, conferindo a ele, proeminência sobre os demais poderes;
E - o poder executivo seria exercido pelos ministros de Estado, tendo estes total controle sobre o poder moderador.
Questão 14: (UERJ) Sobre a crise que afetou o Estado Imperial brasileiro, a partir de 1870, é correto afirmar:
I. A insatisfação de segmentos militares, desde o fim da Guerra do Paraguai, resultava, em larga medida, da percepção que possuíam a respeito do lugar secundário e subordinado que o Exército vinha ocupando no Estado Imperial.
II. A crescente crise econômica e financeira decorria, entre outros fatores, da acentuada queda do preço do café no mercado europeu e norte-americano, em um quadro marcado pela superprodução.
III. O descontentamento da burguesia cafeeira do Oeste Novo paulista, em especial a partir da promulgação da “Lei dos Sexagenários”, resultava, em larga medida, do que considerava como uma excessiva centralização política e administrativa do governo imperial.
IV. O desagrado da nascente burguesia industrial originava-se da política monetária ortodoxa e do livre-cambismo que vinham sendo implementados pelos diversos gabinetes imperiais, desde os anos de 1840.
V. O agravamento dos conflitos sociais, sobretudo nas cidades, decorria tanto da discussão e votação da Lei do Ventre Livre (1871) quanto da implementação de medidas protetoras dos libertos.
Assinale:
A - Se somente as afirmativas I e III estão corretas.
B - Se somente as afirmativas I e V estão corretas.
C - Se somente as afirmativas II e III estão corretas.
D - Se somente as afirmativas II e IV estão corretas.
E - Se somente as afirmativas IV e V estão corretas.
Questão 15: (UNESP/SP) No início dos trabalhos da primeira Assembléia Constituinte da história do Brasil, o imperador afirmou "esperar da Assembléia uma constituição digna dele e do Brasil". Na sua resposta, a Assembléia declara "que fará uma constituição digna da nação brasileira, de si e do Imperador." Essa troca de palavras entre D. Pedro I e os constituintes refletia.
A - A oposição dos proprietários rurais do Nordeste ao poder político instalado no Rio de Janeiro.
B - A tendência republicana dos grandes senhores territoriais brasileiros.
C - O clima político de inseguranças provocado pelo retorno da família real portuguesa à Lisboa.
D - Uma indisposição da Assembléia para com os princípios políticos liberais.
E - Uma disputa sobre a distribuição dos pobres políticos no novo Estado.
Questão 16: (UFMG) Leia este texto:
Sigamos os passos da política centralizadora e veremos que é a centralização das luzes o seu complemento. A interpretação do ato adicional roubou à províncias o melhor do seu poder, reconcentrando na corte a maior parte das atribuições das assembléias. As reformas judiciárias avocaram para o mesmo centro a nomeação de quase todos os empregos judiciais. As províncias se acham pois já esgotadas de seus recursos; porque até se lhes tirou a administração da maior parte de seus rendimentos. Suas forças físicas, o recrutamento as tem extenuado. Que faltava pois tirar-lhes? A Instrução, o único apoio que lhes resta. (O Athleta, 16 set. 1843.)
A partir das idéiais contidas nesse trecho e considerando-se o contexto histórico do Brasil Imperial, é correto afirmar que:
A - o restauracionismo, que congregava as classes médias urbanas, foi, durante esse período, um dos mais severos críticos do processo de centralização imposto pelo Imperador;
B - a centralização do poder foi um dos instrumentos utilizados pela Monarquia no sentido de tentar coibir os conflitos que haviam eclodido na primeira metade do século XIX;
C - o constitucionalismo das elites rurais advogava o fim da anarquia inicialmente vigente nas províncias, o que se faria a partir do controle das novas instituições educacionais;
D - o corporativismo influenciou diversas instituições na primeira metade do século XIX – como o Exército e a Escola, ambos em processo de progressiva profissionalização.
Questão 17: (UECE) Considere os seguintes artigos da Constituição Política do Império do Brasil (1824) ou Carta Outorgada, como chamam alguns:
Art. 13 – O poder Legislativo é delegado à Assembléia Geral, com a sanção do Imperador.
Art. 43 – As eleições para o Senado serão feitas em Listas Tríplices, sobre as quais o Imperador escolherá o terço na totalidade da lista.
Art. 98 – O poder Moderador é a chave para toda organização política e é delegado ao Imperador.
Art. 101 – O Imperador exerce o poder Moderador.
Fonte: FENELON, Déa Ribeiro. 50 textos de história do Brasil. São Paulo: Hucitec, 1990. p. 58/88. Analisando os artigos acima podemos concluir, corretamente, que a citada Constituição destaca:
A - os princípios liberais tão em voga no período;
B - o poder centralizador do Imperador;
C - ampliação dos direitos do povo brasileiro;
D - a formação de uma nação livre, independente e democrática.
Questão 18: (UFMS) Analise o texto abaixo:
“Brasileiros! Salta aos olhos a negra perfídia,
são patentes os reiterados perjuros do imperador
e está conhecida nossa ilusão ou engano em
adotarmos um sistema de governo defeituoso em
sua origem, e mais defeituoso em suas partes
componentes. As constituições, as leis e todas as
instituições humanas são feitas para os povos e não
os povos para elas. Eia, pois, brasileiros, tratemos
de constituir-nos de um modo análogo às luzes do
século em que vivemos; o sistema americano deve
ser idêntico; desprezemos instituições oligárquicas,
só cabidas na encanecida Europa.”
(Manifesto da Confederação do Equador. In: PESSOA. Reynaido C. A idéia republicana no Brasil através de documentos. São Paulo: Alfa-Ômega. 1973. p. 16.) Com base no texto e em seus conhecimentos sobre a história da América Latina, assinale a alternativa correta:
A - O manifesto expunha claramente o descontentamento dos confederados do Equador em relação ao imperador de Portugal, na época, D. João VI.
B - Trata-se de um manifesto de 1824 em que os confederados manifestavam o seu descontentamento com o regime colonial espanhol. A partir desse momento, ficava oficialmente declarada a independência do Equador.
C - Com esse documento, os confederados do equador manifestavam-se surpreendidos e decepcionados com o imperador D. Pedro I, que tinha então dissolvido a Constituição do Brasil.
D - Os confederados do Equador queriam a instituição imediata de um governo forte para governar o Império Brasileiro.
E - Somente interessava aos manifestantes o estabelecimento de um governo calcado nos princípios básicos republicanos e na libertação de
todos os escravos existente em território brasileiro.
Questão 19: (PUC-RIO) Ao estabelecer critérios para o exercício da cidadania, a Constituição brasileira de 1824 criou limites à participação de diversos grupos sociais na organização política do Estado. Assinale a opção que identifica corretamente revoltas e conflitos, ocorridos no Brasil, envolvendo demandas desses grupos excluídos do exercício da cidadania.
A - Revoltas Liberais de 1842 e a Revolta de Manuel Congo.
B - Sabinada e a Confederação do Equador.
C - Balaiada e a Guerra dos Farrapos.
D - Revolta dos Malês e a Cabanagem.
E - Revolta dos Praieiros e a Revolta dos Quebra Quilos.
Questão 20: (UNESP/SP) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de nascer de nós mesmos! (Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.) A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida:
A - no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembléia Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional;
B - como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram consultadas sobre a aclamação de D. Pedro;
C - no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D. João VI para Portugal;
D - como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado pelas câmaras municipais;
E - como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria por portugueses.
Questão 21: (UFSC/SC) - Universidade Federal de Santa Catarina -
Assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s) em relação ao processo de independência do Brasil:
A - No Período Colonial ocorreram numerosos motins e sedições como: a Aclamação de Amador Bueno, em São Paulo; a Guerra dos Emboabas e a Revolta de Vila Rica, em Minas Gerais.
B - A revolta em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, liderada pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, apressou os planos de D. Pedro, apoiado pela aristocracia. Forçado pelas circunstâncias, teve de proclamar a independência.
C - A independência do Brasil, a sete de setembro de 1822, atendeu aos interesses da elite social do Brasil Colônia e da burguesia portuguesa favorecida pelo decreto de abertura dos Portos de 1808.
D - A independência, proclamada por D. Pedro foi aceita incondicionalmente por todas as províncias.
E - A maçonaria no Brasil, no século XIX, defendia os princípios liberais. As Lojas Maçônicas, em especial as do Rio de Janeiro, tiveram papel importante no movimento pela separação do Brasil de Portugal.
Questão 22: (ACAFE/SC) Crises e conflitos foram uma constante no Brasil durante o Primeiro Reinado (1822-1831). Com relação a esse período, assinale a alternativa incorreta:
A - A primeira Constituição, 1824, foi outorgada (imposta) e consagrava formas desiguais de representação política, como o voto censitário.
B - A Guerra de Farrapos, iniciada no Rio Grande do Sul e posteriormente estendendo-se até Santa Catarina, causou a abdicação de Dom Pedro I.
C - Movimento com características republicanas, a Confederação do Equador, em Pernambuco (1824), foi uma revolta contra o autoritarismo de Dom Pedro I.
D - Nessa época, o catolicismo era a religião oficial do Império Brasileiro.
E - A política externa do Brasil foi desastrosa, inclusive com uma guerra contra a Argentina (Guerra da Cisplatina), que muito desgastou o país e o imperador.
Questão 23: (PUC-MG) Sobre a formação do Estado Brasileiro, da Monarquia à República, é correto afirmar, exceto:
A - o Estado Brasileiro, com a Constituição de 1824, conseguiu a proeza de avançar na conquista dos princípios liberais, em especial no que se referia à Igreja e à escravidão negra;
B - a fase regencial foi extremamente conturbada, com a eclosão de várias revoltas, que colocaram em risco a estabilidade política, a integridade territorial e os interesses das oligarquias regionais;
C - por volta de 1849, já no Governo de D. Pedro II, a Conciliação, como ajuste de cúpula, procurou resolver situações de conflito político, mas manteve intocada a realidade social;
D - com a Proclamação da República, em 15 de novembro 1889, a monarquia, que chegou ao Brasil por acaso, sem participação do povo, foi embora sem nenhuma grandeza, com a indiferença do povo.
Questão 24: (UESC/BA) OBSERVE A IMAGEM;
A análise da charge e os conhecimentos sobre os partidos políticos no Brasil Monárquico permitem afirmar:
A - A união entre os Moderados e os Restauradores resultou na formação do Partido Liberal, que se sobressaiu na defesa da centralização política.
B - O grupo dos Moderados, que deu origem ao Partido Conservador, ao defender a ordem, lançou as bases da estabilidade política do II Império.
C - A coligação em bloco entre Exaltados, Moderados e Restauradores deu origem ao Partido Republicano, na última década do século XIX.
D - A democracia implantada no Período Regencial foi proposta e organizada pelo grupo dos Exaltados.
E - Os Restauradores pretendiam restaurar a escravidão dos negros após a maioridade de Pedro II.
Questão 25: (ASBEC/BA) O esquema caracteriza:
A - o escambo entre os indígenas e os portugueses durante a exploração do pau-brasil, no início da colonização;
B - a agromanufatura açucareira nordestina, no Período Colonial;
C - a atividade mineradora na região das Minas Gerais, no século XVIII;
D - o quadro econômico brasileiro no Primeiro Império;
E - a economia cafeeira do Oeste Paulista durante o Segundo Império.
Questão 26: (UESC/BA) A população diretamente relacionada economia cacaueira, no século XIX, formou-se a partir:
A - da predominância da população local, descendente dos primeiros colonizadores e dos índios, proprietários da maioria das terras da região.
B - da concentração de trabalhadores estrangeiros destinados às obras de modernização do porto de Ilhéus.
C - da convergência entre migrações internas, sobretudo nordestinas, e externas, especialmente européias, responsáveis pelo crescimento e pela expansão da cultura do cacau.
D - do expressivo contingente de trabalhadores decorrente do tráfico interprovincial de escravos.
E - de grupos interessados na conservação e na defesa da Mata Atlântica, ameaçada pelos exploradores de madeira.
Questão 27: (Unibahia/BA) A dívida externa brasileira junto aos banqueiros e aos órgãos internacionais, constitui-se, atualmente, um dos grandes problemas nacionais. A história da dívida externa do Brasil independente teve início:
A - logo após a Revolução de 1930, para enfrentar o abalo financeiro sofrido com a crise da lavoura cafeeira, provocada pela Grande Depressão de 1929.
B - na primeira fase do Período Republicano, quando o presidente Campos Sales contraiu vultoso empréstimo com a Inglaterra, objetivando salvar a decadente lavoura cafeeira.
C - na segunda metade do século XIX, quando o País contraiu empréstimos com banqueiros americanos para financiar o surto de industrialização iniciado pelo Visconde de Mauá.
D - logo após a Proclamação da Independência, quando o governo brasileiro assumiu a dívida externa de Portugal com a Inglaterra, como forma de indenização pela perda da colônia.
E - após a chegada de D. João VI ao Brasil, quando foi necessário contrair empréstimos com os banqueiros europeus, para financiar a montagem do Reino Português no Brasil.
Questão 28: (UFES) [...] A centralização política na cidade do Rio de Janeiro coincidiu assim com grande concentração de riqueza na província do Rio de Janeiro. Não se admira que os principais defensores do centralismo estivessem na burocracia central e entre os grandes cafeicultores e comerciantes da cidade e da província. Os setores vinculados ao comercio externo nas outras províncias também eram fortes sustentadores da centralização. No lado oposto, com posição mais favorável à desconcentração do poder, estavam pessoas ligadas às profissões liberais urbanas e à agricultura de produção para o mercado interno [...] (CARVALHO, J. M. de Pontos e bordados: escritos de história e política. Belo Horizonte: UFMG, 1998. 168.)
Os dois grupos mencionados no texto constituíram, respectivamente, a base dos partidos:
A - Restaurador e Liberal, que deixaram de existir após a abdicação de D. Pedro I.
B - Liberal Exaltado e Liberal Moderado, que subsistiram durante as reformas regenciais.
C - Conservador e Liberal, que dominaram a vida pública brasileira durante todo o Segundo Reinado.
D - Restaurador e Republicano, que existiram durante o Império.
E - Caramuru e Chimango, que lutaram pela autonomia provincial e pelo federalismo durante a Regência.
Questão 29: (PUC-MG) OBSERVE A IMAGEM;
A charge acima se refere ao processo da Independência do Brasil, na primeira metade do século XIX, e representa:
A - o descontentamento de liberais e conservadores com o governo autoritário e despótico de D. Pedro I;
B - a Coroa, símbolo da Monarquia, como abrigo dos conservadores capaz de resguardar seus privilégios;
C - os senadores e deputados que representavam os interesses populares, desafiando a Monarquia;
D - as lideranças populares que assumiram o governo monárquico por ocasião da abdicação de D. Pedro I.
Questão 30: (UFPE) A Constituição de 1824, elaborada por "homens probos e amantes da dignidade imperial e da liberdade dos povos", segundo o Imperador Pedro I, continha uma novidade em relação ao projeto de constituição de 1823: a criação do Poder Moderador.
Assinale a alternativa que melhor define este Poder:
A - Com base no Poder Moderador, o Imperador restringiu os poderes dos regentes unos - Padre Diogo Feijó e Araújo Lima.
B - O Poder Moderador conferia à Câmara de Deputados a prerrogativa de vetar decisões do Imperador.
C - A Constituição de 1824 conferia ao Poder Moderador, que era exercido pelo Senado, nomear e demitir livremente os ministros de estado, conceder anistia e perdoar dívidas públicas.
D - O Poder Moderador era o quarto poder do Império e era exercido pelo Imperador Pedro I. Com base neste Poder, o Imperador poderia dissolver a câmara dos deputados, aprovar e suspender resoluções dos conselhos provinciais e suspender os magistrados, entre outras prerrogativas.
E - O Poder Moderador de invenção maquiavélica, atribuído a Benjamin Constant, foi responsável pelo Golpe da Maioridade de 1840.
Questão 31: (UFPE) A exploração do látex no Brasil tem início na mesma época em que se dá a expansão do café para o oeste paulista. Vários aspectos estão relacionados à exploração do látex no Brasil, como os que estão mencionados a seguir:
A - Por razões climáticas e de solo, as seringueiras tiveram boa adaptação na Região Sul do Brasil, e o Rio Grande do Sul chegou a ser o maior produtor brasileiro.
B - Apesar do modo primitivo de extração e das relações primitivas de trabalho existentes em 1827, o Brasil era o maior produtor de borracha do mundo.
C - A borracha brasileira, no início do século XX, abastecia apenas a indústria nacional, e a produzida em regiões africanas abastecia as indústrias internacionais.
D - Seringueiras de Cingapura foram trazidas para a Região Norte brasileira por colonos portugueses que faziam comércio com o Oriente, a partir do século XVIII.
E - Para concorrer com a exploração do látex do Brasil, ingleses levaram mudas brasileiras para o Ceilão e Cingapura, onde a produção foi largamente incentivada com alta tecnologia.
Questão 32: (UFPE) A primeira Constituição do Brasil foi outorgada por Dom Pedro I, em 1824. O fato de a Assembléia Constituinte não ter concluído os trabalhos revela a disputa de poder entre setores da elite política e o monarca. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) sobre essa Constituição:
A - indicava que o conflito entre o monarca e a Assembléia Constituinte foi mais do que de princípios e idéias. Apesar disso, pode ser considerada liberal e democrática;
B - fazia uma distinção entre sociedade civil e sociedade política, que aparecia sob a forma de divisão entre cidadãos ativos e cidadãos inativos;
C - foi outorgada por Dom Pedro e reconhecida como moderna e liberal, pois garantia a todos os cidadãos o direito de votar e ser votado;
D - ajustava-se aos interesses gerais das diversas camadas sociais, que tinham amplo acesso à propriedade, o que lhes garantia o direito para votar e ser votado;
E - excluía a maioria da população do direito à cidadania e servia aos propósitos centralizadores do imperador e dos grupos que buscavam firmar-se à sua volta.
Questão 33: (UFRGS) O Rio Grande do Sul, desde a sua formação, foi constituído nos moldes de uma economia agropecuária, voltada para o abastecimento do mercado interno brasileiro. O principal produto de exportação da economia gaúcha no século XIX era o:
A - charque;
B - café;
C - feijão;
D - trigo;
E - milho.
Questão 34: (UNESP/SP) No século XIX, a política externa brasileira foi marcada pelas relações com a Inglaterra. Na primeira metade desse século, a relação do Brasil independente com a potência industrializada européia foi predominantemente caracterizada;
A - pela cordialidade e pelo entendimento, não havendo no período nenhum motivo para divergências diplomáticas entre os dois países;
B - pelo apoio do governo brasileiro à expansão militar inglesa na América e pela aplicação de capitais britânicos na industrialização brasileira;
C - pela hostilidade da Inglaterra às grandes propriedades rurais brasileiras e pelo apoio de sociedades revolucionárias britânicas aos republicanos brasileiros;
D - por tratado comercial favorável aos produtos ingleses e pela pressão do governo britânico contra o tráfico de escravos;
E - pela indiferença britânica em relação ao país, permanecendo a América do Sul sob a influência da ex-Colônia inglesa da América, os Estados Unidos.
Questão 35: (UNIFOR/CE) Considere o texto que segue, sobre o processo de Independência do Brasil.
"Não se veja neste episódio, contudo uma simples parada, uma festa, pois foi o coroamento de luta pelo menos desde o século XVII, com o custo de milhares de vidas. Se não houve aqui batalhas vistosas da guerra pela emancipação das colônias espanholas, houve muito protesto individual e organizado, nas tentativas de liberdade (...) Se as províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo dirigiram o processo, houve a colaboração das demais. Em algumas, houve luta contra a idéia de ruptura com Portugal.
Sobretudo nas províncias de alta população portuguesa, nas quais só se admitiu a independência após combates e conversações (...) Dom Pedro conseguiu subjulgá-las (...), em fins de 1823, todas as províncias formavam em torno do ex-regente, agora no trono." (Francisco Iglesias. Trajetória Política do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1993. p. 115) Conforme o texto, pode-se afirmar que
A - a independência do Brasil foi um processo de lutas políticas e militares, ocorridas sobretudo nas províncias com predomínio de população portuguesa que resistiu à unificação do Brasil durante o governo de Dom Pedro I.
B - o processo de independência do Brasil não teve a violência típica dos processos similares das colônias espanholas, sendo caracterizado principalmente por uma articulação política entre as elites, sem o alcance de efetivos resultados políticos.
C - a independência não foi produto de uma guerra, como na América espanhola, pois Portugal pouco resistiu à independência do Brasil, uma vez que a Coroa se contentou com o fato de que um príncipe português seria o novo Imperador brasileiro.
D - o processo de independência, mesmo não sendo caracterizado por uma guerra generalizada e longa, não foi tão pacífico quanto se acredita, sendo marcado por uma série de protestos contra a dominação portuguesa, articulações políticas entre as províncias próximas da capital e lutas militares localizadas.
E - as províncias rebeldes citadas no texto, a partir de 1823, formavam em torno de Dom Pedro I uma aliança para impedir a hegemonia política das elites do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais no governo do novo país independente.
Questão 36: (PUC-MG) Sobre a formação do Estado Brasileiro, da Monarquia à República, é correto afirmar, exceto:
A - o Estado Brasileiro, com a Constituição de 1824, conseguiu a proeza de avançar na conquista dos princípios liberais, em especial no que se referia à Igreja e à escravidão negra;
B - a fase regencial foi extremamente conturbada, com a eclosão de várias revoltas, que colocaram em risco a estabilidade política, a integridade territorial e os interesses das oligarquias regionais;
C - por volta de 1849, já no Governo de D. Pedro II, a Conciliação, como ajuste de cúpula, procurou resolver situações de conflito político, mas manteve intocada a realidade social;
D - com a Proclamação da República, em 15 de novembro 1889, a monarquia, que chegou ao Brasil por acaso, sem participação do povo, foi embora sem nenhuma grandeza, com a indiferença do povo.
Questão 37: (FUVEST/SP) Houve um estremecimento na relações entre os Estados inglês e brasileiro, na primeira metade do século XIX, em conseqüência da forte pressão que a Inglaterra exerceu sobre o Brasil a partir do reconhecimento da Independência (1826). Tais pressões decorreram:
A - da anexação do Uruguai por D. Pedro e da sua transformação em Província Cisplatina, limitando o comércio inglês no Prata;
B - da oposição inglesa aos privilégios alfandegários concedidos, desde 1819, aos produtos portugueses importados pelo Brasil;
C - dos incentivos do governo brasileiro à exportação de algodão, o que tornava esse produto mais barato do que o produzido nas colônias britânicas;
D - do início da imigração européia para o Brasil, fato que poderia levar à industrialização e à diminuição das importações de produtos ingleses;
E - da oposição do Estado inglês ao tráfico negreiro que o governo brasileiro, depois de resistir, proibiu, em 1850.
Questão 38: (FUVEST/SP) A Constituição Brasileira de 1824 colocou o Imperador à testa de dois Poderes. Um deles lhe era "delegado privativamente" e o designava "Chefe Supremo da Nação" para velar sobre "o equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos"; o outro Poder o designava simplesmente "Chefe" e era delegado aos Ministros de Estado. Estes Poderes eram respectivamente:
A - Executivo e Judiciário;
B - Executivo e Moderador;
C - Moderador e Executivo;
D - Moderador e Judiciário;
E - Executivo e Legislativo.
Questão 39: (FGV/RJ) Segundo o historiador Francisco Fernando Monteoliva Doratioto, a partir da década de 1960, a historiografia sobre a Guerra do Paraguai foi dominada pela explicação que aponta o imperialismo britânico como principal fator do conflito: "Esse revisionismo pincelou o despotismo de Solano López com tintas antiimperialistas e mistificou sua tirania, a ponto de essa interpretação tornar-se, sugestivamente, ideologia de Estado no Paraguai durante a ditadura do General Alfredo Stroessner (1954-1989). Em outros países da América Latina, tal interpretação foi adotada por setores autoritários da esquerda, em guerra ideológica com o pensamento liberal, ou, ainda, por autores populistas.
A Guerra do Paraguai, para este revisionismo, resultou do confronto premeditado entre duas estratégias de crescimento econômico: a do país guarani, sem vinculação com os centros capitalistas, e as da Argentina e do Brasil, baseadas no ingresso de recursos financeiros e tecnológicos estrangeiros. Estes dois países, por esta interpretação, teriam sido manipulados pela Grã-Bretanha para aniquilar o desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo mercado consumidor para os produtos britânicos e fornecedor de algodão para as indústrias têxteis inglesas." (Formação dos Estados nacionais e expansão do capitalismo no século XIX, In: História do Cone Sul, Rio de Janeiro: Revan; Brasília: Editora UNB, 1998.) Considere as afirmativas a seguir, a respeito das origens do conflito do ponto de vista dos não-revisionistas:
I. a origem do conflito encontra-se na necessidade imperiosa que tinha o Paraguai de garantir uma saída segura para o mar. Isto porque a ditadura de Solano López necessitava ampliar as exportações de erva-mate de maneira a aumentar os recursos monetários do país e, assim, contribuir para o financiamento da modernização das atividades ligadas à defesa nacional;
II. Solano López desencadeou a guerra contra o Brasil e, logo a seguir, contra a Argentina, "devido a uma percepção errônea do poderio nacional paraguaio", fruto de uma cultura política ditatorial e isolacionista; as conseqüências da ação militar paraguaia no Prata foram mal ponderadas por um poder unipessoal;
III. a Grã-Bretanha manteve uma posição de neutralidade, o que não impediu que os banqueiros britânicos concedessem empréstimos ao governo brasileiro durante o conflito; esta iniciativa privada foi apenas norteada pela lógica empresarial de investir no rival com maiores chances de triunfo, garantindo, assim, maior segurança ao capital;
IV. a Grã-Bretanha tinha sido a potência européia mais beneficiada pelo crescimento econômico do Paraguai: 75% das importações paraguaias eram originárias desse país, intermediadas por comerciantes ingleses estabelecidos em Buenos-Aires.
Assinale:
A - se somente a afirmativa III estiver correta;
B - se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas;
C - se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas;
D - se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas;
E - se todas as afirmativas estiverem corretas.
Questão 40: (FGV/RJ) Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca, réu com os demais líderes da efêmera Confederação do Equador, é chamado a depor perante uma Comissão Militar, presidida pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Frei Caneca, acusado de propagar idéias subversivas, será condenado à "pena de morte natural" em dezembro de 1824. O frei carmelita havia elaborado sua própria defesa:
"– Já publicou ou propagou idéias ou escritos subversivos da boa ordem?
– Fui redator do periódico ‘Thyphis Pernambucano’, que contém as idéias que propaguei, aliás as mesmas de outros periódicos até da Corte. Como nunca fui chamado ao tribunal dos Jurados, me regulo pela lei que então existia sobre os abusos de liberdade de imprensa. Toda vez que atacava os desmandos públicos, dirigia-me ao ministério apenas.
– Em seus escritos disseminou idéias tendentes a promover a desunião das províncias e o ataque à integridade do Império?
– Me parece que nunca manifestei nenhuma idéia dessa natureza em meus escritos. Se alguma proposição existir d’onde isso se possa coligir, só a mim compete interpretá-la.
– Contribuiu para não aceitar o Projeto de Constituição oferecido por Sua Majestade Imperial aos povos desta província?
– Chamado pela Câmara para dar meu parecer sobre essa matéria, meu voto foi que não se aceitasse tal projeto.
Em tudo mais remeto ao dito no meu voto, que consta dos livros da Câmara e corre impresso."
(Marco Morel. Frei Caneca: entre Marília e a pátria. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.)
Nas passagens acima, selecionadas do interrogatório a que foi submetido Frei Caneca, fica caracterizado o movimento de 1824 em Pernambuco. A esse respeito, considere as afirmativas a seguir:
I. essas "idéias ou escritos subversivos", em particular os artigos de "Thyphis Pernambuco", atacavam o regime monárquico constitucional e defendiam a instituição de uma república federalista;
II. os líderes do movimento aboliram a escravidão e apoiaram-se em batalhões constituídos por mercenários portugueses, ameaçando, assim, a "boa ordem" social;
III. o movimento foi marcado pela proclamação da independência de Pernambuco e pela organização da Confederação do Equador, atacando, assim, a "integridade do Império";
IV. o Projeto de Constituição "oferecido" pelo Imperador é combatido, sobretudo, por instituir uma profunda centralização política em prejuízo da autonomia das províncias.
Assinale:
A - se somente a afirmativa III estiver correta;
B - se somente as afirmativas I e II estiverem corretas;
C - se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas;
D - se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas;
E - se todas as afirmativas estiverem corretas.
Questão 41: (UFES) OBSERVE A MANCHETE DO JORNAL:
O texto refere-se à dívida externa do Brasil no Primeiro Reinado, contraída com banqueiros ingleses, quase sempre com a casa Rothschild. O Brasil começava sua história como país independente, acumulando dívidas com banqueiros internacionais, situação ligada, entre outras, à/ao:
A - legislação que visava à contenção das importações de supérfluos, o que causava prejuízos aos comerciantes;
B - redução do tráfico de escravos no Brasil, especialmente para o Nordeste, em troca do direito de os comerciantes brasileiros abastecerem com exclusividade algumas colônias inglesas, fato que evidencia o país;
C - acordo sobre compensações, que previa o pagamento a Portugal de uma indenização em libras esterlinas em troca do reconhecimento da independência do Brasil;
D - rompimento de relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos, que não concordaram com as taxas alfandegárias, medida que resultou na diminuição da receita tributária do país;
E - aumento do déficit público causado pelas despesas com a defesa das fronteiras brasileiras, devido às rivalidades políticas com a França.
Questão 42: (UFES) "Havendo Eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa, por decreto de 3 junho do ano próximo passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes, e havendo a dita Assembléia perjurado ao tão solene juramento que prestou à nação de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: Hei por bem dissolver a mesma Assembléia..." (LINHARES, M. Y. História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996.) A passagem acima é parte integrante do decreto de D. Pedro I, de 12 de novembro de 1823, que mandava cercar e evacuar o prédio no qual estava instalada a primeira Assembléia Constituinte do Brasil. Essa Constituinte foi fechada porque:
A - defendia a dupla cidadania – Brasil e Portugal – para brasileiros e portugueses residentes no Brasil;
B - previa, no projeto da Constituição em pauta, uma monarquia absolutista, na qual o monarca era uma figura inviolável;
C - ousou desafiar o projeto de soberania do Imperador, tirando-lhe o direito não só de vetar, mas também de sancionar os atos dos constituintes;
D - era dominada pelo Partido Português, que defendia uma Monarquia Parlamentar como Reino Unido a Portugal;
E - no projeto da Constituição o Quarto Poder, o Moderador, que deveria ser exercido pelo Imperador.
Questão 43: (PUC-PR) O parlamentarismo surgiu na Inglaterra, após 1714, com a ascensão da dinastia Hanover.
Sobre esse sistema e sua aplicação no Brasil, assinale a alternativa correta:
A - Ante o voto de desconfiança, D. Pedro II, no exercício do Poder Moderador, podia manter o Ministério e dissolver a Câmara dos Deputados ou manter a Câmara, aceitar a demissão do Ministério e nomear outro Primeiro-Ministro.
B - Foi introduzido, no Brasil, em 1880, no final do Império.
C - Enquanto a chefia do Governo cabe a um presidente ou um monarca, a chefia do Estado é exercida por um primeiro-ministro, também denominado “premier” ou presidente do conselho de Ministros.
D - A República instituiu o parlamentarismo em 1930, durando até 1945 e possibilitando a posse de Getúlio Vargas.
E - A Carta outorgada de 1824 foi emendada para possibilitar o parlamentarismo.
Questão 44: (FCMSCSP) A introdução do Poder Moderador, inspirada em filósofos políticos franceses, na Constituição de 1824, que regeu o destino do Império, significou, na verdade, uma:
A - diminuição do poder central, que, assim, dava algumas de suas atribuições ao poder central;
B - inovação na vida política brasileira, pois tornava os diversos poderes independentes e autônomos;
C - limitação do Poder Judiciário, que deixava de ser o árbitro nas questões constitucionais;
D - centralização do poder monárquico, ao qual ficavam subordinados os demais poderes;
E - hipertrofia do Legislativo, que passou a influenciar decisivamente a monarquia.
Questão 45: (FGV/RJ) A organização do Estado Brasileiro, que se seguiu à Independência, resultou do projeto do grupo:
A - liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado;
B - maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão;
C - liberal-radical, que defendia a convocação de uma constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social;
D - cortesão, que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico;
E - liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica.
Questão 46: (USF/SP) Proclamada a Independência em 1822, a Primeira Constituição de 1824 perdurou por todo o Império.
Dela se destacam, entre outros, os seguintes aspectos:
A - não conseguiu evitar o caráter autoritário e praticamente assegurou uma verdadeira ditadura militar sobre o governo;
B - mantinha o sistema clássico de divisão em três poderes, o que garantiu uma estrutura bastante democrática;
C - assegurou pluripartidarismo, garantindo grande rodízio no governo imperial;
D - de caráter outorgada, instituía o voto censitário, criava o Poder Moderador, ao qual era transmitida uma grande parcela de participação no poder;
E - assumindo uma postura profundamente nacionalista, rapidamente criou inúmeros conflitos com os ingleses.
Questão 47: (UNIMEP/SP) A economia brasileira, durante o período joanino e no Império, apresentava-se, claramente:
A - subordinada ao progresso industrial dos EUA, nação emergente após a Revolução Industrial;
B - ligada à exploração agrícola para atendimento exclusivo do mercado interno, fonte principal de sua sustentação;
C - dependente da economia imperial inglesa, donde provinham, muitas vezes, grandes capitais;
D - unida aos interesses lusitanos, pois Portugal e suas colônias consumiam grande parte de sua produção agrícola;
E - desenvolvimentista, aproveitando o “know how”que os imigrantes europeus forneceram na implantação de indústrias.
Questão 48: (UNICENP/PR) A crise do I Reinado, que levou à abdicação de D. Pedro I, teve entre suas razões:
A - a pressão do Partido Restaurador;
B - a aprovação do Ato Adicional;
C - a implantação do sistema parlamentarista;
D - o fechamento da Assembléia Constituinte;
E - a invasão da Guiana Francesa.
Questão 49: (PUC-PR) A dissolução da Constituinte de 1823 provocou, em Pernambuco, grande foco do liberalismo, aspirações de autonomia. Tal posição baseava-se em uma tradição guerreira e revolucionária que vinha do século XVII e havia sido mantida pela Guerra dos Mascates e pela Revolução de 1817.
Na revolução, que ora eclodia, um de seus líderes foi fuzilado. Os nomes da Revolução e do líder são:
A -a Revolução Praieira, Beckman;
B -Balaiada, Pedro Dias Pais Leme;
C -Confederação do Equador, frei Caneca;
D -Guerra dos Farrapos, Bento Gonçalves;
E -Guerra dos Emboabas, Manuel Nunes Viana.
GABARITO:
questão 1: E - questão 2: B - questão 3: C - questão 4: A - questão 5: D - questão 6: C - questão 7: C - questão 8: 0 - questão 9: A - questão 10: E - questão 11: C - questão 12: B, C - questão 13: D - questão 14: A - questão 15: E - questão 16: B - questão 17: B - questão 18: C - questão 19: D - questão 20: A - questão 21: A, E - questão 22: B - questão 23: A - questão 24: A - questão 25: D - questão 26: C - questão 27: D - questão 28: C - questão 29: B - questão 30: D - questão 31: B, E - questão 32: B, C, E - questão 33: A - questão 34: D - questão 35: D - questão 36: A - questão 37: E - questão 38: C - questão 39: D - questão 40: D - questão 41: C - questão 42: C - questão 43: A - questão 44: D - questão 45: A - questão 46: D - questão 47: C - questão 48: D - questão 49: C
ATIVIDADE EXTRA - SEM GABARITO
PRIMEIRO REINADO
1- "Confederação do Equador": Manifesto Revolucionário Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (... )." (Ulysses de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924).
O texto dos Confederados de 1824 revela um momento de insatisfação política contra a:
a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua substituição pelo Poder Moderador.
b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos brasileiros o direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses.
c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador.
d) liberalização do sistema de mão-de-obra nas disposições constitucionais, por pressão do grupo português, que já não detinha o controle das grandes fazendas e da produção de açúcar.
e) restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio português e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional.
2- A opção pelo regime monárquico no Brasil, após a Independência, pode ser explicada
a) pela atração que os títulos nobiliárquicos exerciam sobre os grandes proprietários rurais.
b) pela crescente popularidade do regime monárquico entre a elite colonial brasileira.
c) pela pressão das oligarquias aliadas aos interesses, da Inglaterra e pela defesa da entrada de produtos manufaturados.
d) pelo temor aos ideais abolicionistas defendidos pelos republicanos nas Américas. e) pelas transformações ocorridas com a instauração da Corte Portuguesa no Brasil e pela elevação do país a Reino Unido.
3- A Carta outorgada de 1824 estabeleceria um sistema eleitoral que, na sua essência, marginalizava da vida política a maioria da população brasileira. Como funcionava aquele sistema eleitoral?
4- Por que podemos afirmar que a independência do Brasil foi uma exceção em relação à América Latina?
6-(LAERTE, FOLHA DE SÃO PAULO 06/09/98 TV FOLHA p.4 domingo.)
A caricatura anterior nos faz refletir sobre os atos dos governantes e a correspondente falta de participação popular que tem marcado a História do Brasil. No contexto da independência do Brasil, podemos citar como exemplo de exclusão de participação política nos moldes liberais a:
a) adesão aos ideais da Confederação do Equador e o voto de cabresto.
b) criação de poder Moderador e o voto universal.
c) dissolução da Assembléia Constituinte de 1823 e o voto aberto.
d) manutenção da escravidão e o voto censitário. e) manutenção do autoritarismo e o voto distrital.
7- Com a abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do primeiro reinado tomou corpo. Com relação a isso, considere os fatos a seguir:
I. A imigração européia para o Brasil ocorrida nesse período.
II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825-1828) contra as Províncias Argentinas, a qual consumiu recursos do Estado em formação, e cujo principal resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828.
III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das províncias do Brasil, que levou ao fechamento da Assembléia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824.
IV. A queda do gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de inúmeros portugueses, egressos de Portugal ainda ao tempo do governo de D. João VI. Quais os fatos que tiveram influência direta no desfecho do primeiro reinado?
8- "Diante do Trono vazio defrontavam-se as províncias, com a propriedade territorial lhes ditando a contextura política, sequiosas de comandar o governo-geral, espreitadas por um gigante tolhido, mas ameaçador: o elemento monárquico, agarrado, em parte, ao manto roto de D. Pedro I e às fraldas do Imperador menino." Identifique o período de nossa história a que se refere o texto acima e ofereça subsídios adequados à compreensão dos motivos para as agitações políticas e sociais.
9- "... explodiu na província do Grão-Pará o movimento armado mais popular do Brasil (... ). Foi uma das rebeliões brasileiras em que as camadas inferiores ocuparam o poder..." Ao texto pode-se associar
a) a Regência e a Cabanagem.
b) o I Reinado e a Praieira.
c) o II Reinado e a Farroupilha.
d) o Período Joanino e a Sabinada.
e) a Abdicação e a Noite das Garrafadas.